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Palestra apresenta estudos arqueológicos da Fazenda Baronesa

5 de abril de 2019


A partir de agora, empreendimentos que vierem para a cidade deverão passar por fase de estudo arqueológico para evitar perdas no patrimônio histórico-cultural do município

Na tarde desta quinta-feira (4), diversos profissionais das secretarias municipais de Educação, Meio Ambiente, Cultura e Turismo, entre outras, participaram da palestra para apresentação dos estudos arqueológicos desenvolvidos para o Programa de Arqueologia da Fazenda Baronesa. A palestra ocorreu no Solar da Baronesa, na Rua Direita e também contou com a presença do Promotor de Justiça, Marcos Paulo de Souza Miranda, dos vereadores Luiza do Hospital, Suzane Almada, César Diniz e membros da sociedade luziense.


O trabalho foi realizado ao longo de um ano e teve a coordenação do historiador e arqueólogo Juliano Meneghello, que foi quem apresentou os resultados. A medida atende a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o Ministério Público e uma das construtoras responsável por um empreendimento imobiliário na região da Fazenda Baronesa.
“Santa Luzia tem um patrimônio arqueológico muito importante, mas muito pouco conhecido. Nós temos comprovadamente sítios arqueológicos pré-históricos na área urbana e em outros locais. O caso da Fazenda Baronesa é um deles e infelizmente nós tivemos diversas perdas nos últimos anos, em decorrência da implantação de empreendimentos, principalmente imobiliários, sem a prévia realização de estudos arqueológicos”, ressaltou o promotor.


Segundo o historiador da Secretaria Municipal de Cultura, Marco Aurélio Silva, essa ação será muito importante para o município. “Hoje a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo recebe esse estudo e com isso, todos os novos empreendimentos deverão consultar esse material para que não haja o risco de mais perdas para o patrimônio luziense”, destacou.
Na apresentação, o arqueólogo fez uma linha do tempo, desde que a região era de propriedade do casal Barão Manoel Ribeiro Viana e Baronesa Maria Alexandrina de Almeida, proprietários também do solar onde aconteceu o evento, no início do século XIX. Na época, as terras abrangiam todos os bairros da região de São Benedito, que se desmembraram ao longo dos anos.