Dia 18 de maio é conhecido nacionalmente pela luta antimanicomial. Em Santa Luzia, historicamente, esse dia é marcado por festa e atos de conscientização sobre a importância do tema. Porém, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, neste ano não será possível a realização de eventos, mas a reflexão é importante para que o ideal seja mantido.
Segundo a coordenadora do Serviço de Saúde Mental, Adenisia Araújo, esse dia é um marco da reforma psiquiátrica. “Em 18 de Maio em 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Nesse encontro, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o dia de Luta Antimanicomial”, explica.
“Em meio a lutas, surge a implantação de uma nova forma de abordagem da loucura, no qual o atendimento ao paciente deixa de ser um modelo de atenção focado nos manicômios, para uma rede mais diversificada, este modelo permite a redução de internações psiquiátricas e a interlocução com a rede de saúde, permitindo ofertar atendimentos qualificados às pessoas que sofrem de transtornos mentais severos”, conclui.
No município, há uma grande estrutura para atender aos pacientes. O Serviço de Saúde Mental realiza mais de 4 mil atendimentos mensais no CAPS adulto e infantil. Além desses serviços, o município ainda conta com duas residências terapêuticas, que são casas que acolhem pessoas com transtornos mentais que necessitam desse serviço.