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Culinária e Patrimônio luzienses são destacados na 7ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais

27 de agosto de 2019

Como bem dito pelo filósofo inglês Theodore Zeldin, “gastronomia é a arte de usar comida para criar felicidade”. Além dos prazeres gerados com a degustação de um cardápio cuidadosamente preparado, a culinária ainda promove encontros e o fortalecimento cultural por meio da alimentação. E esse é o tema da 7ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, realizado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) e com adesão da Prefeitura de Santa Luzia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.


A “Culinária e Patrimônio” dos municípios participantes estão sendo destacados por meio de ações que tratem dos modos de fazer, das receitas, dos lugares e práticas ligadas à alimentação, seu preparo, as particularidades de cada região e seu patrimônio gastronômico.
Em Santa Luzia, a primeira atividade foi uma visita guiada à comunidade de Taquaraçu de Baixo, zona rural de Santa Luzia, onde um simpático casal prepara seus deliciosos quitutes. Benvindo Pinto Filho e Maria das Graças Batista Pinto, conhecidos como Sr. Bino e Dona Maria produzem quitandas há cerca de 20 anos. Além de uma referência na cidade, seus doces, roscas, pães e biscoitos podem ser encontrados semanalmente em uma feira realizada na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.
Os produtos fazem sucesso e, segundo Dona Maria, o tempero especial é a felicidade. “Sempre preparamos tudo com muito carinho, felicidade e amor. Preparar os doces é antes de tudo uma distração”, disse a cozinheira. Ela aprendeu as receitas há quase 30 anos, em um curso da Emater e desde então não parou de produzir suas delícias. A cozinha, antes compartilhada, hoje conta com quatro pessoas e tem produção diária, no forno à lenha que fica bem na entrada da residência.


Outros encontros ainda estão programados. Nesta terça-feira, a gastronomia serve de pano de fundo para um encontro entre amigos, no Festival Comida ao Pé da Árvore, na avenida Senhor do Bonfim. É lá que, todas as terças-feiras um grupo se encontra ao redor de um fogão à lenha há cerca de dois anos. Por meio de doação de alimentos, eles preparam um grande almoço acompanhado de contação de histórias e oferecem as delícias da culinária mineira para quem chega por ali.
Na quarta-feira, dia 28, às 14h, ainda haverá a exposição “Da terra à cocção: A tradição colonial das panelas de barro”, na casa da conhecida Dona Vagna, moradora do bairro Pinhões e o “Café com Bolo de Feijão da Brasa”, no próximo dia 30, das 14h às 16h. Cada um dos encontros conta um pouco da tradição luziense que, muito mais que o paladar, explora as tradições da cidade e seu povo.
A participação na Jornada é aberta a todos os interessados em propor ações relacionadas à salvaguarda do patrimônio cultural. Os municípios que, assim como Santa Luzia, tiveram sua adesão à Jornada homologada e que comprovarem a realização das ações conforme a Deliberação Normativa do CONEP terão direito à pontuação no programa ICMS Patrimônio Cultural.