População continua sendo o fator principal no controle do mosquito
A Secretaria Municipal de Saúde realizou, nos meses de janeiro e fevereiro, o conjunto de ações da 1a etapa do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa. Este método consiste em identificar quantos e quais são os principais criadouros do mosquito, em imóveis e terrenos baldios do município selecionados com base em estatísticas. O objetivo é gerar informação a respeito dos fatores que favorecem o aparecimento dos mosquitos, direcionando de maneira mais rápida e eficaz as ações de controle para os locais que necessitem de maior assistência.
Desde o ano passado, a equipe do Departamento de Controle de Zoonoses tem se dedicado ao planejamento e aos preparativos para a execução das atividades. Os resultados gerados no campo são compilados e, após uma série de cálculos, é obtida uma porcentagem avaliada de acordo com parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde: menor que 1%: = baixo risco de 1% a 3,99% = médio; acima de 3,99% = alto. O valor obtido durante este primeiro levantamento do ano foi de 3,1%, revelando que o município de Santa Luzia, apresenta um risco médio para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti.
Os recipientes onde mais se encontraram larvas foram: tambores, caixa d’água ao nível do solo, pratinhos de plantas, vasilhas de água para animais, pneus e lixo (latas, sacos plásticos e garrafas pet entre outros). Por isso é muito importante que a população verifique diariamente todo e qualquer recipiente capaz de armazenar água e descartá-la, com o objetivo de evitar o crescimento de larvas e consequentemente o aparecimento das doenças dengue, zika e chikungunya.
“É prezando pela saúde de nossa população que necessitamos desenvolver esse trabalho. Já existem demonstrações de que o LIRAa reduz o número de casos de dengue” afirma Daniela Starling, coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental e Controle de Zoonoses. No entanto, devido aos resultados preocupantes, orienta-se que os moradores atentem para qualquer objeto no qual possa haver acúmulo de água. “Nesta época de fortes chuvas e temperaturas altas, alternando com dias de estiagem, há o favorecimento do desenvolvimento da larva de Aedes, que em apenas 7 a 10 dias já se torna um adulto capaz de transmitir doenças”, explica Daniela.
“É preciso tomar cuidado também com aqueles recipientes que sejam muito pequenos, passando despercebidos, mas com a mesma possibilidade de serem criadouros que uma caixa d’água. Até mesmo uma tampinha de garrafa”, completa. Daniela também alerta que o Aedes Aegypti transmite outras doenças debilitantes, com risco de óbito e malformações congênitas de fetos.
O departamento de Zoonoses tem realizado ações como o “Pente fino”, que consiste na identificação dos focos e na orientação aos munícipes sobre como evitar o aparecimento de novos mosquitos, além de borrifação dos pontos mais críticos, visando impedir a sua proliferação. Já foram realizadas no bairro Baronesa e no bairro São Benedito.